No dia 21 de julho de 2024, acontece a aula-show Amazônia – do Carimbó à Cúmbia Colombiana, conduzida por Kelly Santos e os bailarinos Alexandre Filho Dinho, Daniela Santos e Thiago Ferreira. Juntos, eles farão um breve mergulho no rico universo, ainda pouco explorado, de ritmos e danças que carregam em seu DNA influências indígenas e africanas, de uma África que primeiro se reinventou no Caribe e depois aportou na Amazônia.
A atividade tem como inspiração a visão de Lélia Gonzalez (1935-1994), uma das precursoras do feminismo negro no Brasil, sobre a América Negra, e o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado no dia 25 de julho. A data foi instituída em 1992 durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana.
Dividido em duas partes, primeiro acontece o show das bailarinas e bailarinos, ao som do Carimbó e Siriá, do Pará, e da Cúmbia Campesina, da Colômbia. Na sequência, o público será convidado a juntar-se aos professores para vivenciar danças afrodiaspóricas que têm a saia como extensão do corpo. E quanto mais rodada melhor!
Direção artística: Kelly Santos
Classificação indicativa: Livre
Gratuito
Artistas:
Kelly Santos é artista da dança e do audiovisual, e coordenadora do Núcleo de Estudos em Corporeidades Negras. É integrante do grupo de cultura tradicional Tambô de Criôla de São Benedito Juçaral dos Pretos. Compôs o elenco dos grupos artísticos Batakerê, Cangarussu, Cia Lelê de Oyá e Cia Brasílica. Atua também nas áreas de direção artística, direção coreográfica e dramaturgia. Lecionou em várias instituições, entre elas, na FMU, na São Paulo Escola de Dança e nas Oficinas Culturais do Governo do Estado de SP, na rede SESC-SP e no Piá – Programa de Iniciação Artística da Prefeitura de SP, onde foi coordenadora. Apresentou-se em vários lugares, entre eles, o Theatro Municipal de SP e o XXXVIII Festival de Tambores e Expressões Culturais de Palenque, na Colômbia, em 2023.
Alexandre Filho Dinho tem uma extensa experiência com danças e performances advindas dos saberes afrodiaspóricos. Já compôs a Comissão de Frente de várias Escolas de Samba, sendo o destaque do carnaval de São Paulo, em 2022, personificando EXU no desfile da Águia de Ouro. Integra a Cia de Arte e Dança Negra, Oju Orun e já participou do Bloco Afro Ilu Inã, da Cia Lelê de Oyá, do Grupo Cangarussu e da Cia Jamburana. Fez parte do elenco de vários musicais, entre eles, Odara – Tradição, Cultura e Costumes de um Povo e Máfrika, o musical – a criação humana, que se apresentou no teatro da Unibes Cultural, em 2019.
Daniela Santos é mulher preta, integrante do Coletivo Amazonizando e do Grupo Cangarussu. Está cursando Dança na Etec de Artes e há 7 anos se dedica aos estudos das danças oriundas da cultura popular e às Danças dos Orixás. Foi integrante do Núcleo de Estudos em Corporeidades Negras, em que participou da videodança Encruzidança, em 2018.
Thiago Ferreira é bailarino, integrante do Núcleo de Estudos em Corporeidades Negras, onde participou da videodança Encruzidança, em 2018. Foi dançarino do Balé Afro Órun Àiyé e da Cia Lelê de Oyá. É produtor executivo, pesquisador cultural, dançarino e cantor do Núcleo Filhos da Terra, desde 2018, com o qual excursionou com o espetáculo Jurema – Uma lenda, Um musical”, de Cleiton Costa; foi produtor executivo da videodança A-MAR, e atualmente está circulando com o espetáculo Re-Existência: uma performance de música, dança e poesia, sob sua direção. Por fim, foi condecorado com a medalha do Zumbi dos Palmares, em cerimônia solene na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, em reconhecimento ao trabalho artístico-cultural que realiza dentro e fora da cidade de Mogi das Cruzes.
Para aproveitar e aprender
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