A exposição Desterrados, que abre ao público no dia 26 de outubro de 2024, é uma instalação artística criada por Eva Castiel, Fulvia Molina e Bruno Ferreira, e inspirada nos fluxos migratórios e os desafios enfrentados pelos migrantes historicamente. Na obra, a natureza é utilizada para refletir a experiência humana, especialmente nos padrões de migração das aves, que compartilham semelhanças com a migração humana.
Assim como as aves migram em busca de melhores condições de vida, a migração humana deriva do desejo de encontrar melhores oportunidades econômicas e sociais. Em ambos os casos, a jornada é perigosa, com resultados incertos e mudanças profundas na identidade e senso de pertencimento dos migrantes. Este fenômeno tem se intensificado devido a conflitos políticos, mudanças climáticas e fatores econômicos.
Diversos artistas têm respondido poeticamente a essa questão, criando obras que exploram os impactos da migração e a resiliência dos migrantes. Para Eva, Fulvia e Bruno, a migração das aves serve como uma metáfora para a migração humana. As artistas propuseram a pergunta: ‘do que os pássaros precisam desviar para cruzar fronteiras?’. Inspiraram-se na perseverança e força diante das adversidades, utilizando a figura do espantalho como símbolo dos entraves que os migrantes encontram, representando a complexidade entre fluxo e fronteira.
No dia 09/11 (sábado) haverá visita guiada com os artistas. E no dia 23/11 (sábado), às 15h, um bate-papo com os visitantes.
Data: 26/10 a 24/11/2024
Classificação indicativa: 16 anos
Gratuito
ARTISTAS:
Bruno Ferreira nasceu e trabalha em São Paulo, é artista visual e mestre em Poéticas Visuais, graduado em Audiovisual pela UFSCar e em Artes Visuais pela USP, com parte dos estudos realizados na Université de Paris VIII. Sua prática artística abrange escultura, pintura, vídeo e instalação, explorando as interações entre o humano, o não humano e o meio ambiente. Participou do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo com a exposição Dioramas, e expôs em diversas mostras coletivas, como no Centro Maria Antônia, Casa de Dona Yayá, Museu de Artes de Ribeirão Preto, Espaço das Artes, SESC Ribeirão Preto e Galeria Vermelho.
Eva Castiel nasceu e trabalha em São Paulo, é uma artista multidisciplinar. Iniciou sua carreira nos anos 1980 com foco em pintura e explorou também instalação, videoarte e arte pública. Integrou o grupo Casa Blindada de 2000 a 2006 e recentemente retornou à prática bidimensional com pinturas a óleo e encáusticas. Realizou exposições individuais no Brasil e internacionalmente, incluindo Alemanha, Israel, Hungria, Estados Unidos e China. Participou de exposições coletivas “Corpoinstalação” no SESC Pompéia, “Paralela Bienal de São Paulo”, “Genius Loci” no Centro Universitário Maria Antônia, “São Vito” no artecidadezonaleste, e “Nach Westen Die Mauer” em Lutherkirche, Colônia. Entre seus projetos recentes estão “Trama do Limo” na Biblioteca Mário de Andrade e “Mátria: êxodos contemporâneos” no Museu da Imigração em 2022, além de “[In]visíveis – Polacas: memória e resistência” na Oficina Cultural Oswald de Andrade em 2019. Publicou o livro “Estrangeira” em 2018 pela WMF.
Fulvia Molina nasceu em Jeriquara, SP, e trabalha em São Paulo, é uma artista cujo trabalho se concentra na memória política e social do Brasil, com foco em direitos humanos, condição feminina, exclusão social e migração. Possui mestrado em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da USP e realizou residências artísticas na Faculdad de Bellas Artes da Universidad Politécnica de Valencia, Espanha; no Centre de Diffusion Press Papier de Québec, Canadá; e no Frauen KunstForum em Hagen, Alemanha. Seus trabalhos em pintura, gravura, objetos, fotografia, áudios e vídeos refletem as múltiplas camadas da realidade contemporânea. Participou de exposições em Berlim, Essen, Hagen, Québec, Madrid, entre outras.
Aprender a conhecer, aprender a conviver
O pilar Cultura e Diversidade reúne uma programação dedicada a difundir, refletir e promover os direitos humanos e culturais por meio de atividades focadas nos desafios e conquistas das pessoas com deficiência e LGBTQIAPN+, das questões de gênero, de etnicidade e de longevidade, ampliando ainda o debate para os direitos dos animais.
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