Rosh Hashaná, o tempo e a responsabilidade coletiva

Rosh Hashaná é mais do que a celebração de um novo ciclo. Ao se traduzir como cabeça do ano, ele nos convida a refletir sobre o sentido do tempo não apenas como sucessão linear de dias, mas como criação e reinício. A tradição judaica associa esses dias ao momento em que o mundo é colocado novamente em julgamento, como se a própria criação fosse revista a cada ciclo. A antropologia nos ensina que os rituais de passagem não apenas marcam a passagem do tempo, mas projetam normas de convivência e valores éticos. No caso judaico, trata-se de afirmar que cada geração é chamada a renovar sua responsabilidade diante da vida, da comunidade e do futuro.
21 de Setembro – Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Neste mês de setembro de 2025, em que se celebra no Brasil o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, apresentamos uma entrevista exclusiva em vídeo com a socióloga Marta Almeida Gil, referência nacional e internacional em inclusão, informação e acessibilidade. Na conversa, ela aborda sua trajetória, os avanços e desafios na garantia de direitos e o papel da sociedade para a construção de um país mais inclusivo.
Dia do Historiador: celebrando os guardiões da memória

Quando temos irmãos mais velhos, suas experiências servem para que nossos pais digam: “Não faça como seu irmão” ou “Siga o exemplo dele”. Independentemente de terem sido boas ou ruins, sempre há um relato a ser resgatado, um fato a ser registrado e uma lição que convida à reflexão. Isso traduz bem a missão dos historiadores, que, desde o princípio, acompanham a evolução do ser humano no tempo e as transformações da Terra ao longo dos anos.
DO LUTO AO AMOR: TISHÁ B’AV, TU B’AV E A RECONSTRUÇÃO DE UM BRASIL POSSÍVEL

O calendário judaico, como a própria alma do povo que o cultiva há milênios, não separa o lamento da esperança. É nesse entrelaçamento que se situam duas datas cuja proximidade no tempo revela um abismo de significados: Tishá B’Av, o 9 de Av, dia do luto nacional pela destruição dos Templos de Jerusalém, e Tu B’Av, o 15 de Av, a celebração do amor, da união e da possibilidade de reconstrução.
DEIXADOS NO GELO: O PATRIMÔNIO COMO VÍTIMA DE UM SENILICÍDIO MODERNO

Em algumas comunidades inuítes do extremo norte da América, especialmente durante períodos de escassez extrema, foi documentada uma prática brutal e paradoxalmente ritualizada: o abandono deliberado de pessoas idosas. Em certas circunstâncias, quando a sobrevivência coletiva estava em risco, os mais velhos — por vezes de forma voluntária, por outras, de maneira induzida — eram deixados para morrer no frio, afastados da comunidade, sem provisões. Não há evidências consistentes de que fossem colocados à deriva em icebergs, como sugerem algumas lendas populares, mas há registros históricos e etnográficos de que, em momentos de fome severa, essa prática — conhecida como senilicídio — foi adotada como medida extrema de autopreservação do grupo.
Nunca Mais

O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é observado em 27 de janeiro. Essa data marca a libertação do campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau pelas forças aliadas durante a Segunda Guerra Mundial. Todos os anos ele é lembrado com a mensagem clara que devemos dar ao mundo: nunca mais!