Por Yuri Cavichioli

Em parceria com a Stand With Us Brasil (instituição educacional sobre Israel sem fins lucrativos), a Unibes Cultural entrevistou Joshua Strul, um dos sobreviventes do regime nazista da Alemanha na 2ª Guerra Mundial.

Strul nasceu em 1933 na cidade de Moineshti (Romênia) e com apenas 9 anos de idade teve que lidar com um dos mais terríveis acontecimentos da Era Contemporânea: o nazismo. Segundo ele, “por um milagre” acabou não indo para o que ele chama de “indústria da morte”, Auschwitz (campo de concentração mais letal da história), por não ter mais espaço no vagão que rumava para a Polônia.

De família de origem judaica, viveu em Israel por mais de 10 anos até chegar ao Brasil, em 1956. Em sua infância já conheceu o que era o preconceito e xenofobia. Hoje ele conta que é preciso ficar em alerta e ter clareza sobre os problemas que o ódio pode criar para uma nação e afirma: “é de suma importância divulgar e ensinar o que foi o regime nazista para que nunca mais se repita contra o nosso povo ou qualquer outro povo que seja. Somar forças, combater a violência, o antissemitismo, a homofobia e outros tipos de discriminação. Preservar os valores da diversidade e respeitar o próximo”.

Confira o relato do sobrevivente que é radicado no Brasil e mora no país há quase 70 anos: https://www.youtube.com/watch?v=C_lR2LLa37A&t=2s

O Dia Internacional da Lembrança do Holocausto

Lembrar-se de algo, mesmo que incômodo, faz parte do processo. Digo o porquê: é importante saber sempre o que houve para ter um discernimento mais claro sobre a situação. O dia 27 de janeiro de 1945 ficou marcado como uma importante data para a humanidade onde foi demarcado como o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto.

Foi há 78 anos, quando o Exército Vermelho libertava Auschwitz, na Polônia, o maior e mais terrível campo de concentração nazista onde milhares de judeus foram exterminados. Celebra-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto nessa data, pois faz referência à liberação, pelas tropas soviéticas, do Campo de Concentração e Extermínio Nazista Alemão de Auschwitz em 1945 e foi definida pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

O que foram os campos de concentração (ou extermínio) de Auschwitz

Auschwitz foi o maior e mais terrível campo de extermínio do regime de Hitler. Em suas câmaras de gás e crematórios foram mortas pelo menos um milhão de pessoas. No auge do Holocausto, em 1944, eram assassinadas seis mil pessoas por dia. Auschwitz tornou-se sinônimo do genocídio de judeus, sintis, homens e mulheres pretas, comunistas e tantos outros grupos perseguidos pelos nazistas.

Holocausto

Bastante presente na história através da literatura, em adaptações em audiovisual, debates e até quadrinhos, o regime nazista ficou no poder por muitos anos, causando genocídio que até hoje são sentidos.

Para se ter uma ideia, os nazistas e seus colaboradores assassinaram, primeiramente, pessoas que tinham alguma deficiência mental ou física, e opositores do governo. O número aproximado é de 6 milhões de vidas perdidas entre homens, mulheres e crianças, durante a Segunda Guerra Mundial, em um programa continental de destruição de todas as comunidades judaicas que fossem encontradas. Além deles, muitos outros grupos foram perseguidos e aniquilados, como citado no início do texto.

“Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”, frase de George Santayana, pseudônimo de Jorge Agustín Nicolás Ruiz de Santayana y Borrás, um filósofo, poeta e ensaísta espanhol.

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