O Livro como Antídoto à Barbárie

O Dia Nacional do Livro, celebrado em 29 de outubro, não deve ser apenas uma data comemorativa, mas uma oportunidade de reflexão. A leitura é uma das formas mais refinadas de resistência humana. Em tempos de aceleração e de desinformação, o livro permanece como um ato de desaceleração e lucidez, um espaço em que o pensamento respira e a consciência se forma. Ler é um gesto político no melhor sentido da palavra, o de formar cidadãos capazes de discernir, dialogar e construir uma sociedade que pensa por si.

Entre Shylock e Orfeu: o Espelho Partido do Brasil

Desde as primeiras assembleias gregas, quando a pólis se reconhecia nos ecos do teatro, as civilizações compreenderam que a cena é o mais antigo instrumento de educação coletiva. Não apenas o espaço do espetáculo, mas o rito de observação de si mesmo, em que o cidadão, diante da representação simbólica de seus próprios dilemas, podia compreender as tramas morais e sociais que o cercavam. O teatro nasceu como espelho e permaneceu, através dos séculos, como o mais preciso termômetro da consciência de um povo. Sua função nunca foi o entretenimento apenas, mas o exercício de cidadania estética, o laboratório da alma pública.

CIÊNCIA E GÊNERO: COMO POLÍTICA E CULTURA MOLDAM A TRAJETÓRIA DAS MULHERES NA PESQUISA

Há exatos 80 anos, os soldados do Exército Soviético conheceram o inferno. As cenas vistas nas sangrentas batalhas de Stalingrado, Leningrado ou Kursk, as aldeias destruídas no recuo nazista, não se comparavam com o horror que encontraram no campo nazista da cidade polonesa de Oswiecin, cujo nome em alemão passou a ser conhecido no mundo inteiro: Auschwitz.