No dia 1º de abril de 2025, acontece o lançamento do livro O legado de Santos Dumont, de Pedro Mastrobuono, sobre a vida e o pensamento do inventor brasileiro. Mais do que um relato biográfico ou técnico, a obra propõe uma leitura antropológica da trajetória de Dumont, revelando um personagem profundamente humanista, comprometido com o bem comum e atento às questões éticas e sociais de seu tempo. O autor destaca aspectos menos conhecidos do aviador, como sua recusa em patentear invenções, sua visão ambientalista e sua brasilidade afirmada até na forma simbólica de assinar seu nome. A publicação é o resultado de um levantamento inédito de mais de 7,2 mil bens culturais legados por Santos Dumont, dispersos em dezenas de acervos públicos e privados no Brasil e no exterior.
A pesquisa foi reconhecida pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), instituição que concedeu a Mastrobuono respaldo acadêmico e institucional (Pós-Doutorado em Antropologia Social). Utilizando a metodologia de Catálogo Raisonné — tradicionalmente aplicada às artes plásticas — em um novo campo de análise, o autor propôs uma abordagem inovadora voltada a figuras históricas de relevância nacional. No caso de Santos Dumont, esse olhar antropológico representa um marco inédito na antropologia brasileira, ao abordar não apenas sua contribuição técnica, mas também sua atuação ética, social e visionária. O estudo reforça o papel da ciência e da memória na construção da identidade coletiva.
Durante o lançamento, haverá bate-papo com mediação de Elaine Vieira e sessão de autógrafos com o autor.
Classificação indicativa: Livre
Gratuito
Sobre o autor:
Pedro Machado Mastrobuono é advogado formado pela PUC-SP, pesquisador, historiador e pós-doutor em Antropologia Social, além de ter formação em História da Arte e Literatura Italiana pelo Instituto Italiano de Cultura. Doutor Honoris Causa em Cultura e Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural pela UFMS, é autor de diversas publicações sobre artes plásticas e patrimônio cultural, acumulando a expertise da realização dos catálogos Raisonné dos artistas plásticos Alfredo Volpi e Leonilson. Foi presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), presidiu instituições como o Instituto Alfredo Volpi de Arte Moderna, o Instituto de Arte Contemporânea (IAC) e a AAMAC/USP. Também teve papel ativo na defesa de políticas culturais e é reconhecido por sua atuação em prol da valorização da arte brasileira no Brasil e no exterior tendo recebido a Comanda Câmara Cascudo, maior honraria do Senado Federal. Desde 2023, é diretor-presidente da Fundação Memorial da América Latina, em São Paulo.
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