EXPO DIVERSOS

A partir do dia 10 de março de 2024, o público poderá vivenciar e conhecer o trabalho de 14 artistas de diferentes gerações, trajetórias e referências, em uma exposição que reúne 39 produções artísticas e experiências sensoriais e interativas, sobre diversidade de gênero, de etnias, crenças, idade e de pessoas com deficiência.

A Expo Diversos destaca histórias que retratam as particularidades vivenciadas por artistas que atuam com diferentes realidades culturais e regionais, apresentando variadas faces da pluralidade brasileira. São obras que fazem o público refletir sobre a valorização da cultura indígena, questionar o etarismo e exaltar a sabedoria ancestral, combater os preconceitos de raça, etnia e gênero, o machismo e lutar por uma sociedade mais justa e mais inclusiva.

As obras se apresentam em diferentes linguagens, como pinturas, fotografias, esculturas, bordados e instalações, dispostas em um percurso multissensorial em um conceito expográfico de Casa Diversa. O espaço remete a um ambiente domiciliar acolhedor e acessível, trazendo elementos como paredes, plantas, pedras, água e luzes, com o objetivo de proporcionar uma experiência ainda mais imersiva aos visitantes.

A exposição conta com um programa educativo, que contempla visitas guiadas exclusivas para estudantes, por meio de parceria com escolas públicas; apostilas sobre a temática diversidade com sugestões de atividades para educadores que desejam expandir o tema em sala de aula; e oficinas de criação e experimentação sobre inclusão, diversidade e ancestralidade.

Para garantir a acessibilidade, as obras poderão ser acessadas através de QR Code com áudios descritivos e placas técnicas em braile.

Idealizada pela Rede Educare, a #expodiversos é uma exposição itinerante, gratuita, para todas as idades e com proposta artística e educativa sobre diversidade. Após sua inauguração em São Paulo, ela poderá ser vista em São José dos Campos, Pindamonhangaba, Brasília e Rio de Janeiro.

Classificação indicativa: Livre

Gratuito 

 

 

Artistas

Lua Cavalcante é artista, educadora e aleijada. Tecnóloga em fotografia e estudiosa da pedagogia griô. Sua produção artística se caracteriza por experimentações em autorretrato, desenvolvendo investigações sobre as particularidades de seu corpo, lido sob o aspecto da deficiência. Em 2016, participou da Sétima Mostra São Paulo de Fotografia. Sua série Agulha participou das exposições Atravessamentos Ocupação 9 (Galeria Casa, 2019) e Rumor (Caixa Cultural Brasília, 2020). Publicou o fotolivro Boca d’alma, pela Editora Estrondo. Em 2021, participou da exposição coletiva Composições Para Tempos Insurgentes (MAM/RJ), com o trabalho Oratório de Santa Maria Garra.

 

Jaime Prades é um artista espanhol que vive e trabalha em São Paulo desde 1975. Possui uma trajetória única dentro do panorama da arte contemporânea brasileira e uma obra bastante impactante. Nos anos 1980, participou do grupo experimental TUPINÃODÁ, criando instalações e pinturas em espaços urbanos.

 

Rafa BQueer nasceu em Belém/PA, 1992. Vive e trabalha entre Rio de Janeiro e São Paulo. Graduou-se em Artes Visuais pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Suas práticas performáticas partem de investigações sobre arte política, sexualidade, afrofuturismo e decolonialidade. Drag queen e ativista LGBTQI+, Bqueer tem um trabalho que dialoga também com vídeo e fotografia, utilizando de sátiras do universo pop para construir críticas atentas às questões da contemporaneidade. Atua de forma transdisciplinar com vivências entre a moda, escolas de samba e arte contemporânea.

 

Xadalu Tupã Jekupé é um artista indígena que transita entre as linguagens da serigrafia, pintura, fotografia e objetos, para abordar em forma de arte urbana o tensionamento entre a cultura indígena e a ocidental nas cidades. Sua obra, resultado das vivências nas aldeias e das conversas com sábios em volta da fogueira, tornou-se um dos recursos mais potentes das artes visuais contra o apagamento da cultura indígena no Rio Grande do Sul.

 

Déba Viana Tacana é artista visual, de origem indígena e cigana, licenciada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, com experiência em produção cultural e curadoria institucional junto à Diretoria de Arte, Cultura e Ações Comunitárias (DACCUNIVASF). Colabora com o Programa Institucional de Extensão com Povos Indígenas nos Sertões, desenvolvendo pesquisas e exposições de obras artísticas em Multimeios e Cerâmica com a temática indígena no sertão. Atua na educação não formal com mulheres encarceradas no sistema prisional e em territórios camponeses e indígenas.

 

NeneSurreal é uma artista negra, periférica, mãe, avó, artesã, educadora social e grafiteira, criadora da grife NeneSurreal. Ganhadora do Prêmio Sabotage em 2016, participou do documentário Mulheres Negras: Projetos de Mundo. No Dia do Grafite, em 2018, foi homenageada por seus trabalhos pela ONG Ação Educativa de São Paulo. Em 2021, a Pinacoteca Municipal de Mauá adquiriu uma instalação da artista para seu acervo permanente. Sua trajetória foi contada no documentário Surreal (2023), idealizado por Ketty Valencio e produzido pela Oxalá Produções.

 

Auá Mendes é uma artista indígena transvestigênere do povo Mura, de Manaus/AM. Cursou Tecnologia em Design Gráfico pela Faculdade Metropolitana de Manaus, e mestrado em Design pela Universidade Federal do Amazonas. É designer gráfica, ilustradora, grafiteira, performer, maquiadora artística e fotógrafa experimental, e utiliza suas obras como ferramenta de fala e política, do corpo marginalizado preto, indígena e transvestigênere. Fundou o Aquela Crew, coletivo para artistas LGBTQIA+ no grafite e fez parte do TunipiQueen, que além da perspectiva de identidade de gênero, questionava a falta de representação indígena em territórios onde numericamente, eram os mais presentes.

 

Paulo Desana, indígena da etnia Desana, é fotógrafo e artista audiovisual. Está à frente da produtora de vídeos Dabukuri Entretenimentos, com sede em São Gabriel da Cachoeira/AM. Foi diretor de fotografia do curta documental Ciência e Culinária (Cooking and Science), sobre a formiga Maniuara na cultura dos Povos Hupdas, e cinegrafista no documentário Cobra Canoa, e no curta de ficção Wuitina Numiá (Meninas Coragem), premiado no Festival de Cine Independente de San Antonio de 2022.

 

Andréa Hygino atua como artista visual, arte-educadora e professora. É formada em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro [UERJ] e Mestra em Linguagens Visuais, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro [UFRJ]. Frequentou os ateliês de gravura da Escola de Artes Visuais [EAV] do Parque Lage e da UERJ e foi professora substituta de desenho na Escola de Belas Artes da UFRJ. Atualmente, leciona no Instituto de Artes da UERJ e nos espaços de arte independentes do Estúdio Belas Artes e do Centro Cultural Lanchonete< >Lanchonete. Em 2020 ganhou o Prêmio SelecT de Arte Educação [categoria Camisa Educação], com o projeto “Saída de Emergência”, feito em coautoria com a artista Luiza Coimbra.

 

Novíssimo Edgar é o nome artístico de Edgar Pereira da Silva, um rapper brasileiro nascido em 1993. É também um artista visual, compositor, poeta e performer. O seu trabalho explora as noções de futurismo indígena e da diáspora negra, utilizando som, imagens e formas tridimensionais. Novíssimo Edgar também é o autor do livro de ficção científica Ragde, que transporta para a literatura a pesquisa desenvolvida nos álbuns Ultrassom e Ultraleve e no cinema.

 

Rose Afefé, vencedora do Prêmio FOCO 2023, nasceu em Varzedo, no interior da Bahia, em 1988. Sua pesquisa artística resgata memórias de infância, produzindo esculturas de paredes feitas com adobe (tijolo de barro cru) e cal, uma materialidade central no seu trabalho, mas também obras em outros suportes como a tela. A artista mora atualmente entre a Bahia, Rio de Janeiro e a Chapada Diamantina, onde constrói desde 2018 a Terra Afefé, uma microcidade com construções em tamanho real. É um lugar que tem o desejo de criar frestas de liberdade, alegria, amor e afetos potencializadores, que se propõem a pensar formas de habitar em convivência com a terra, os saberes locais e a escuta sensível. Em conexão com as ecologias do mundo, busca-se pensar as relações entre arte e vida, natureza e cultura, a fim de construir um movimento de coexistência.

 

Felipe Arantes Silva, ou Iskor é artista visual, designer e professor, natural de São Paulo. Dedica-se à pintura e ao muralismo, pesquisando questões sobre identidade, memória e história por meio de elementos do muralismo contemporâneo e do grafite. Dentre os projetos artísticos de que participou, destacam-se: Projeto Dual (Ocupação artística SESI 2023), Mural “Coletivo” (MAR – Museu de Arte de Rua, 2022), Residência Artística (projeto Derivações) – Incubadora de Artistas (2022), Projeto Identidade, Memória e História no SESC Arte ao Cubo (Palmas/TO, 2021), mural ocupação Leila Khaled (projeto contemplado em edital da ONG Artigo 19, 2019), pintura Fundação Cultural Ema Klabin de São Paulo (2019), Projeto selecionado 3o Ocupa Atibaia – Incubadora de Artistas (2016), Participação na pintura do corredor de grafite Av. 23 de maio (2015) e Edital Revivarte – Pintura Lateral de Prédio (2014).

 

Negana (Ana Carla Pereira da Silva) é uma artista visual natural de João Pessoa, Paraíba, atuando com a linguagem do grafite desde 2015, com foco no protagonismo de figuras femininas negras, apagadas socialmente pelos padrões de beleza. Suas obras buscam valorizar e empoderar mulheres negras por meio de suas representações em espaços públicos.

 

Subtu é um artista visual nascido e criado na cidade de São Paulo, com um trabalho marcado por obras de grande escala no espaço público. Sua pesquisa se debruça em materiais presentes no ambiente urbano, gerando novos desdobramentos e reflexões sobre questões sociais contemporâneas. Já participou de exposições em diversos países como Portugal, Tailândia e França, e seus principais trabalhos incluem o maior mosaico de São Paulo localizado em um prédio do Brás e mais recentemente o Graffiti Para Cego Ver, com painéis em relevo e braille.

 

Curadoras

Bianca Bernardo é uma artista-educadora, curadora independente e gestora cultural. É mestre em Arte Contemporânea e bacharel em Artes Visuais. Desde 2010, tem estado envolvida em projetos sócio-educativos em instituições culturais. Foi coordenadora pedagógica da 11ª Bienal do Mercosul em 2018 e gerente de educação do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea entre 2013 e 2017. É conselheira consultiva do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea e cofundadora do Espaço Independente SARACURA e do coletivo Cooperativa de Mulheres Artistas.

Vera Nunes é especializada em gestão de projetos pela USP, com graduação em eventos culturais, atuando há mais de 20 anos na área. Fundadora da produtora Daterra Cultural e do Festival ”Gentilização”, é coordenadora de projetos da ONG “As Mina na Frente” e colaboradora do Instituto Feira Preta e do Afrolab.

 

Rede Educare

Produtora cultural que se dedica a desenvolver, viabilizar e produzir projetos voltados à educação, sustentabilidade, formação de leitores e promoção da diversidade por meio da implementação de espaços de leitura, exposições e publicações de livros por todo o Brasil.

 

Aprender a conhecer, aprender a conviver

O pilar Cultura e Diversidade reúne uma programação dedicada a difundir, refletir e promover os direitos humanos e culturais por meio de atividades focadas nos desafios e conquistas das pessoas com deficiência e LGBTQIAPN+, das questões de gênero, de etnicidade e de longevidade, ampliando ainda o debate para os direitos dos animais.

Programação

14/04/2024
das 12:00
às 19:00

Local

R. Oscar Freire, 2500 - Sumaré São Paulo, SP 05409-012

Telefone

11 3065-4333
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